Curetagem: fazer ou não fazer?

11:07 227 Comments A+ a-

(traduzido do site: http://www.bellaonline.com/articles/art21999.asp)

Se seu aborto aconteceu no fim do primeiro trimestre, ou se você descobriu que o bebê parou de crescer e ainda não tem sinais de abortamento, o seu médico pode perguntar se você quer se submeter a uma operação chamada Curetagem. É uma pergunta muito difícil de responder, cuja resposta é muito pessoal, de mulher pra mulher. Veja abaixo considerações sobre fazer ou não a cirurgia.

Razões para fazer uma curetagem

- Acelerar o processo do aborto: Esperar por um aborto natural é uma experiência emocial horrível de se passar. Você sabe que o seu bebê ainda está no útero, mas não há mais esperanças para um nascimento. Pode levar horas ou semanas depois que você descobre a má notícia antes que você comece a sangrar. Não há como saber. Enquanto isso, em vez de esperar alegremente pelo seu bebê, você ficará esperando expelí-lo.

- Seu médico pode fazer um teste genético no bebê: Se é a primeira perda, seu médico pode preferir não fazer esse exame, mas com certeza você deve perguntar sobre isso se já abortou mais de uma vez. Muitos médicos têm a tendência de supor que todos abortos são causados por anormalidades genéticas, mas pesquisas mostram que isso não é verdade em 40% dos casos. Se você testar o bebê, saberá se essa coisa causa ou não, e se não for, poderá pedir outros exames.

- Você não precisará ver o que vai sair: Geralmente usa-se anestesia geral para a curetagem e você não precisará ver nada do que o médico vai tirar de você. Se você esperar por um aborto natural, e tiver mais de seis ou sete semanas, há uma chance de ver o que resta do seu bebê sair... e isso pode ser uma experiência traumática.

- Menos dor física: Um aborto natural pode ser doloroso. Na maioria dos casos não é, mas pode vir acompanhado de cólicas bem fortes. Depois de uma curetagem, a dor física é mínima.


Razões para não fazer uma curetagem

- O procedimento é invasivo: Você terá que ser internada num hospital para fazer a curetagem. Apesar de talvez não precisar passar a noite no hospital, o processo todo pode ser estressante e você poderá ficar bem emotiva antes e depois da operação.

- O procedimento é desagradável: Em sua essência, uma curetagem é um aborto. Não é a mesma coisa que terminar uma gravidez de propósito, cláro, mas o processo é bem semelhante. Eu cometi o erro de ler meu prontuário, que tinha uma nota do médico sobre a curetagem da minha segunda perda, e isso me fez chorar: a frieza e terminologia impessoal do que eles tiveram que fazer comigo.

- Pode have complicações: Há um risco mínimo de complicações, como perfuração no útero e outros problemas da operação. É pequeno, mas não é inexistente. Às vezes, alguns médicos não conseguem remover tudo, e o procedimento deve ser repetido.

- Você deve ter que esperar mais tempo para engravidar novamente: Os médicos dizem que isso varia, alguns dizem que deve-se esperar apenas um mês após um aborto natural, e a maioria concorda que você deve esperar pelo menos DOIS ciclos depois da curetagem para permitir que o seu útero se recupere e reduza as chances de um segundo aborto.

- O impacto psicológico pode ser grande: Não subestime esse fator quando fizr sua escolha. Isso varia muito de mulher pra mulher, mas conversei com algumas mulheres por internet que sentiram como se o médico arrancasse seus bebês de seus úteros, apesar do feto não ser mais viável. Se você acha que vai ter um impacto negativo nesse sentido, um aborto natural pode ser menos doloroso emocionalmente para você.

Concepção, mas sem feto

21:29 91 Comments A+ a-

(traduzido do site: http://health.ivillage.com/gyno/gynoreprohealth/0,,6hhs,00.html)

Pergunta:

Estive grávida até três dias atrás. Tive que fazer uma curetagem porque com 8 semanas comecei a sangrar, e meu obstetra descobriu através de um ultrassom transvaginal que eu tinha uma gestação anembrionária - uma concepção implantada, mas sem um feto. O médico disse que isso é geralmente chamado de "ovo cego". O saco gestacional estava intacto e crescendo na proporção normal se tivesse um feto. Meu marido e eu estamos arrasados, assim como nosso filho de 7 anos. O que causa isso? É comum? Quais são as chances de acontecer novamente? Nenhum de meus amigos tinham ouvido falar nisso, nem eu.

Resposta:

Enquanto o termo "ovo cego" não é muito conhecido, a ocorrência é bem comum. Um ovo cego é uma gravidez na qual a placenta se desenvolve mas nenhum feto é visível no ultrassom. O fato de que um ultrassom transvaginal não detectou um embrião com 8 semanas deve ser analisado com cuidado. Se o ultrasson tivesse sido feito mais cedo - talvez de 4 a 6 semanas - é possível que ou o feto ou a vesícula vitelina tivessem sido vistas. Em outras palavras, a presença ou ausência do embrião na época do abortamento não influenciará no desenvolvimento de futuras gestações.

Ovo cego é tido como uma anormalidade cromossômica. Mais de 60% de todos abortamentos no primeiro trimestre são devidas a anormalidades cromossômicas exclusivas daquela gravidez - o que significa que são situações únicas que não aumentam o risco de problemas similares no futuro. Normalmente a anormalidade cromossômica acontece num óvulo único; anormalidades em espermatozóides não são frequentes. Outros problemas podem acontecer se algo ocorrer errado geneticamente durante as primeiras divisões celulares do recém formado embrião.

Depois de um primeiro abortamento, não é necessário fazer exames para detectar problemas cromossômicos com o casal. Na verdade, a maioria dos médicos não recomenda testes genéticos do material abortado sem que e somente quando haja uma segunda perda. Sempre há um risco de aborto, e uma única perda no primeiro trimestre não muda esse risco. O risco aumenta de acordo com a idade, em mulheres entre 40 e 45 anos, o risco de aborto chega a 65%.